Texto e informações: Centrorochas e Sindirochas
Em um ano marcado pela interrupção de um ciclo de crescimento econômico do Brasil devido à crise sanitária mundial, o setor de rochas ornamentais brasileiro mostrou uma capacidade de recuperação impressionante e fechou 2020 com números similares aos obtidos em 2019, numa condição de estabilidade.
O início da pandemia causada pela COVID-19 no primeiro trimestre do ano trouxe consigo as preocupações e incertezas que um evento dessa magnitude poderia causar. Os primeiros momentos foram de grande dificuldade, com pico de crise em abril e maio. Entretanto, após essa fase, o setor mostrou uma recuperação notável e encerrou 2020 acumulando um faturamento de US$ 987,400 milhões. Apesar da queda nacional de 2,65% em relação ao ano anterior, o segmento de rochas ornamentais mostra otimismo com o resultado, considerando todas as incertezas ainda existentes em virtude do que ainda presente quadro de pandemia, com reflexos neste e em vários outros mercados como suspensão de atividades econômicas, redução de consumo, dentre outras consequências severas.
Comparando os dados do último mês do ano com relação ao ano anterior, as exportações nacionais registram alta de 16,76%. Segundo avaliação do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e do maior sindicato patronal do setor no país, o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), o desempenho do segundo semestre do ano foi surpreendente e, não fosse a pandemia, o ano encerraria com números melhores do que os registrados ao final de 2020.
Setor otimista
Pesquisas realizadas pelo Centrorochas e Sindirochas apontaram grande otimismo dos empresários para os próximos meses. A projeção de novos rumos na representatividade do setor de rochas a nível nacional e uma mudança na condução dos projetos setoriais aumenta a expectativa de melhores resultados no futuro, a médio e longo prazos.
Segundo as entidades o ano foi desafiador e mostrou a solidez do segmento, que enfrenta a crise global com sobriedade e competência. A dificuldade causada pela pandemia serviu para aumentar o grau de maturidade das empresas através do aprendizado e das ações em busca de inovação e diversificação, permitindo a rápida superação a obstáculos nunca vivenciados.
Maiores estados exportadores
O Espírito Santo, maior estado produtor e exportador do segmento no país, mesmo registrando queda de 1,8%, inferior a apresentada nacionalmente, foi responsável por 82,42% (US$ 813,773 milhões) do faturamento do ano passado. Minas Gerais (10,72%) e Ceará (2,55%) ocupam o posto de segundo e terceiros maiores estados exportadores. Juntos, os três estados são responsáveis por 95,69% das exportações nacionais.
Principais destinos
Estados Unidos (62,89%), China (12,36%), Itália (5,74%) e México (3,24%) foram respectivamente os quatro maiores compradores das rochas brasileiras.